Em alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para absorver um número elevado de indivíduos, a maternidade é controlada pelo governo. Entretanto, no Brasil, onde não há controle de natalidade e o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso da gravidez na adolescência (até 21 anos). Diante disso cabe-se perguntar: por que isso acontece? O mundo moderno vem passando por inúmeras transformações nos mais diversos campos: social, econômico, político e este fato, favoreceram o surgimento de uma geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de informações e liberdade recebida por esses jovens os levam à banalização de assuntos como o sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite e responsabilidade é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência que com isso, os responsáveis enfrentam dificuldades em dialogar com os filhos sobre estas questões. E assim, cresce a cada dia o número de pais e mães adolescentes que sem planejamento, ficam mexidos psicologicamente e em casos, economicamente podendo prejudicar a si e ao bebê. A desinformação e a fragilidade da educação sexual são também questões problemáticas. As escolas e os sistemas de educação estão muito mais preocupados em dar conta das matérias cobradas no vestibular, como: física, química, português, matemática, etc., do que em discutir questões de cunho social. Dessa forma, temas como sexualidade, gravidez, drogas, ficam restritos, quase sempre, aos projetos, feiras de ciência, semanas temáticas, entre outras ações. Essa situação, portanto, clama por uma mudança, já que é preocupante o número de casos no Brasil de gestantes adolescentes que passam por um difícil processo de adaptação a essa fase. Fica claro, destarte, que algumas medidas são extremamente necessárias para resolver o impasse da gestação na adolescência. Como por exemplo; deve-se investir nessa fase “curiosa” dos jovens já que todas as informações chamam a atenção, assim, inserir nas escolas uma matéria extra para ser ensinado e palestrado pelo menos uma vez na semana sobre assuntos de cunho social, como a gravidez precoce. Os pais como mais velhos, também precisam de um incentivo para aconselhar os filhos, desta forma, o Governo deve colocar unidades móveis nos bairros de todos os municípios com ginecologista, psicólogos e diversos profissionais que possam instruir a todos sobre este assunto.