Segundo Drummond de Andrade, “A educação para o sofrimento evitaria senti-lo com relação a casos que não o merecem”. Como no Brasil, a questão da maternidade precoce, uma vez acarretada devido à falta de conhecimento sobre assuntos acerca da problemática, é espectro dessa realidade. Em primeira instância, é preciso entender como a educação se relaciona com a gravidez precoce. Conforme a OMS, os casos de gestações prematuras são predominantemente nas classes sociais mais baixas, justamente no setor com ensino mais precário. Dessa forma, é indubitável que negligenciar conhecimento é corroborar com o problema. Nessa perspectiva, as escolas, quando há algo a referente ao sexo, abordam superficialmente o assunto. Efetivamente, a abordagem no que diz respeito a sexualidade é feita pelos docentes biólogos, isso inserido em matérias como DSTs ou embriologia. Consequentemente o estudo sobre esse assunto é raso. Dessa forma, o aprendizado sobre a prática sexual fica realmente por conta dos jovens, que são curiosos por natureza. Sobretudo, é necessário salientar quanto as consequências da maternidade precoce, que a tornam um problema. De acordo com a mesma organização antes mencionada, é definido prematura a gravidez entre os 10 aos 19 anos, isso porque o corpo da mulher não está adepto a gerar um filho, por questões fisiológicas e morfológicas. Consequentemente, as enfermidades são diversas, como má formação fetal, anomalias e o desenvolvimento de patologias ortopédicas na gestante. Assim com tantas adversidades a problemática deve ser resolvida. É preciso que o Estado e as instituições de ensino assumam, portanto, suas responsabilidades diante da gestação precoce, uma vez que seu combate parte da educação. Dessa maneira o MEC, como regulador da educação nacional, tem o dever de agregar a grade curricular do ensino médio e ao final do fundamental II, o ensino mais aprofundado do sexo, que vá além das patologias, bem como a busca pelas construções de novas escolas. Enquanto recai às escolas a criatividade no quesito abordagem como, por exemplo, palestras de pessoas com histórias de vida relacionadas a problemática. Sendo assim, desde que tais ações sejam tomadas, será possível amenizar os problemas de saúde, construindo uma sociedade mais saudável.