Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde - OMS, realizado no período entre 2010 e 2015, o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos. Esse número revela que a gravidez na adolescência é um problema atual no país. Diante disso, é necessário analisar as causas e consequências desse cenário. Em primeira análise, cabe pontuar que abordar o tema sobre relações sexuais ainda é considerada um Tabu por grande parte da sociedade. Entretanto, Aristóteles já dizia: " Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer ". Fica claro, então, que a falta de diálogo entre os pais e filhos sobre a questão sexual e a orientação para o uso de contraceptivos aumentam as chances de uma gravidez indesejada como também, contrair doenças sexualmente transmissíveis. Desse modo, destaca-se a falta de educação sexual como impulsionador do problema. De acordo com a terceira Lei de Newton, " Para toda ação, há uma reação de intensidade e direção iguais e sentido oposto ". Sob esse viés, a gravidez na adolescência acarreta efeitos profundos na vida do jovem como: evasão escolar, aborto, problemas de saúde para a mãe e para o bebê, perda de confiabilidade da família, dificuldades financeiras e distúrbios psicológicos, pois a adolescente não está preparada para ser mãe e assumir responsabilidades. São necessárias, portanto, medidas para atenuar a problemática. É essencial que os pais junto com a Escola conversem com os adolescentes sobre a importância do sexo seguro, por meio de palestras, debates e trabalhos em grupo, visando esclarecer dúvidas e orientar adequadamente. Ademais, a grande mídia em parceria com o Ministério da Saúde promovam práticas de prevenção a gravidez precoce, por intermédio de campanhas, propagandas e novelas que falem dos métodos contraceptivos e distribuam os mesmos em todos os postos de saúde, objetivando evitar a gravidez indesejada e fazer com que os adolescentes tenham uma perspectiva de futuro.