De acordo com a Organização Mundial da Saúde(OMS), a maternidade precoce é uma das principais causas de morte de jovens entre 10 e 19 anos. Sob esse ponto de vista, no Brasil, o número de adolescentes grávidas tem aumentado cada vez mais e comprometido o desenvolvimento socioeconômico das regiões mais afetadas. Logo, observa-se a necessidade de o Governo intervir nas escolas e economias desses locais. Antes de mais nada, é preciso perceber que muitas jovens não possuem qualquer tipo de apoio da família ou no ambiente escolar. Segundo o médico Drauzio Varella, a desestruturação familiar e a evasão escolar, aliadas ao pouco estímulo pedagógico e cultural, impedem que essas meninas tenham um aprendizado sexual e dialoguem com a família quando já estão grávidas. Como resultado, elas se tornam mais vulneráveis à maternidade antecipada e não sabem como lhe dar com o problema. Por outro lado, é notório que a condição socioeconômica é um fator chave para tal acontecimento. Recentemente, o portal virtual "rondoniaaovivo" divulgou dados que comprovam que o número de partos de adolescentes é maior nas regiões norte e nordeste do Brasil, as mais afetas por problemas ligados a pobreza. Consequentemente, meninas desses lugares têm pouco acesso a métodos contraceptivos. Torna-se evidente, portanto, que a desigualdade social e a falta de acompanhamento dos pais e da escola são as principais causas da gravidez precoce. Nesse sentido, a curto prazo, o Ministério da educação, em parceria com as escolas públicas, deve promover palestras semanais sobre o tema para que a família e o aluno dialoguem e aprendam juntos a se prevenir. Ademais, a longo prazo, o Ministério do Desenvolvimento tem que destinar mais recursos para as regiões norte e nordeste, para que sejam gerados empregos e desenvolvimento social e, mais tarde, as mesmas não estejam mais no mapa da pobreza nacional. Só assim, as jovens poderão planejar suas vidas e, na hora certa, abrir as portas para a futura geração.