Título da redação:

A prematuridade sexual e suas consequências

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 30/10/2016

A maternidade juvenil é um problema que assola as famílias brasileiras. A falta de diálogo familiar associado ao incentivo sexual indireto por meio de músicas, novelas e seriados que banalizam a figura feminina, tachando-as como objeto de uso, acabam corroborando para o aumento de garotas grávidas. Medidas socioculturais devem ser abordas pelos Ministério da Educação e da Saúde para diminuir os índices gestacional nessas jovens. Segundo o Ministério da Saúde, a prematuridade sexual torna-se cada vez mais comum no Brasil e oferece sérios riscos aos jovens como: a exposição a doenças venéreas, possibilidade de contato com o vírus imunodeficiência humana e até mesmo a chance de uma gravidez precoce. A gestação prematura, traz consigo interferências que vão desde a falta de preparo psicológico para encarar o período gestacional até a deficiência financeira. Podemos atribuir uma parcela dessa problemática ao próprio círculo de convivência dos adolescentes que não encontram em seus pais o amparo necessário para discussões sobre relação sexual. A gravidez prematura traz obrigações da vida adulta para jovens que nem terminaram o ensino médio, não estão sequer embutidos no mercado de trabalho e tão pouco sabem qual a responsabilidade da figura materna e paterna na educação do novo membro familiar. Outro contratempo é o abuso sexual infantil tendo como consequência a gravidez. A adolescente tem além de todo o despreparo psíquico fisiológico inerente a idade, encarar o trauma da violentação, gerar e criar seu filho. O atropelo nas etapas do ciclo da vida irá acarretar tanto nos jovens quanto em seus representantes legais, muitas brigas, discórdias, assim como acusações de parcela de culpa em meninos e meninas de dezesseis ou dezessete anos perdidos por falta de orientação paterna e que em um passe de mágica se tornam obrigados a largar seus lápis e cadernos por uma carteira de trabalho assinada na primeira empresa que lhe registrar, a fim de cumprir com as obrigações do seu novo lar. Além disso, a futura mamãe, muitas vezes não está com seu sistema fisiológico preparado para gerar uma criança, a possibilidade de partos prematuros é muito frequente, a ausência de leite materno é outro agravante. Todavia, ainda existe a possibilidade de rejeição do pai prematuro de não querer assumir com suas obrigações e abondar a mãe e seu filho. A falta de um planejamento familiar ainda é muito frequente, o mundo globalizado indiretamente incentiva o sexo descomunal em muitos bailes funk, a desvalorização da mulher é representada nas maiorias das novelas da Emissora Globo de Televisão. As consequências são noticiadas principalmente na região Norte e Nordeste de nosso país onde a porcentagem de adolescentes grávidas do total chega a 30%. Mediante ao exposto torna se claro que o Ministério da Saúde em ação conjunta com o Ministério da Educação deverá implementar nas bases curriculares brasileiras temas que envolvam a faixa etária ideal para a primeira relação sexual, meios contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis entre outros assuntos, destinados aos alunos. Esses temas deverão ser ministrados por agentes de saúde que abordará os assuntos de maneira descontraída a fim de deixar os estudantes a vontade para possíveis perguntas. A realização de comerciais em rádio e televisão informando os riscos da prematuridade sexual é de fundamental importância, para conscientização dos adolescentes sobre os riscos inerentes. Encontros trimestrais nas Unidades Básicas de Saúde abordando conteúdos relevantes a prevenção da gravidez, assim como, doenças sexualmente transmissíveis, demonstração de uso de preservativos e destacando a importância de único parceiro para aquelas jovens que já iniciaram sua vida ativa sexual são algumas medidas que podem diminuir drasticamente o número de jovens grávidas no Brasil.