Maternidade precoce, também conhecida como gravidez na adolescência, é, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gravidez de jovens entre 10 e 19 anos. Afora a maternidade precoce ser algo que todos jovens sexualmente ativos estão sujeitos, há um maior índice de recorrência nas camadas sociais mais pobres da sociedade pois o conhecimento sobre o assunto é menor. Apesar de o senso comum asseverar que a gravidez na adolescência impacta apenas na vida dos pais, é notório também a grande mudança na vida dos outros familiares, que precisam se adaptar e lidar com uma situação tão delicada como a chegada de um novo ser, que pode se tornar ainda mais difícil caso o bebe nasça com alguma necessidade especial, que muitas vezes não consegue receber tratamento adequado pois muitas mães tem seu ensino interrompido, desempenham trabalhos braçais logo, vivem em situação de extrema pobreza. Contudo, esse impacto pode ser normalizado já que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) cerca de 65% dos casos em que ocorre uma gravidez precoce decorre-se de um “ciclo hereditário”, no qual as mães, que são fruto de uma maternidade precoce, têm uma gravidez precoce e, provavelmente, suas filhas também terão. Além dos bebês terem chances de nascer com necessidades especiais, a gravidez precoce pode acarretar em outros diversos riscos pois, de acordo com a OMS, apenas dos 20 aos 22 anos o organismo está cem por cento preparado para ter uma gravidez saudável. A maior parte das crianças que possuem mães abaixo de 15 anos, nasce com alguma deformação ou podem ainda morrer na infância. Além do bebê, a mãe também está em risco durante a gravidez pois, na maioria dos casos por falta de apoio, situação financeira não favorável para criar e sustentar uma criança e falta de acompanhamento pré-natal, a jovem opta por fazer um aborto clandestino e inseguro que pode levar à morte, causando um grande impacto na saúde pública. Infere-se, portanto, que a maternidade precoce é um grande problema social presente no Brasil que deve ser controlado por meio de campanhas de prevenção promovidas pelo Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Educação, que deve introduzir a Educação Sexual nas aulas de Biologia para alunos do oitavo ano ao ensino médio das escolas públicas, onde há maior índice de baixa renda, com o intuito de diminuir a gravidez na adolescência e alertar os jovens sobre formas de prevenção para evitar gravidez indesejada.