A existência do preconceito linguístico na sociedade brasileira é um problema recorrente que deve ser discutido. Com base nisso, as pessoas com baixa escolaridade são deixadas á margem da sociedade, pelo fato da exclusão ocorrida em virtude do mercado de trabalho exigente, o que acarreta em um estigma social. Consoante a isso, a mídia impulsiona esse preconceito pelo fato de empregar esteriótipos a cada região. Neste contexto, é presente o uso de gírias ou sotaques forçados para caracterizar, em sua maioria, as pessoas de classe baixa, ridicularizando-os e impondo a segregação social. Esse fator corrobora com a intolerância e o individualismo entre as pessoas, na qual dificulta as oportunidades do falante, e estimula a competitividade por alguma vaga no mercado de trabalho, visto que a língua é um instrumento de poder. Desse modo, Paulo Freire diz que se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda, o que evidencia as falhas que o Brasil tem na educação e que intensifica esse prejulgamento. Sob esse viés, o ensino falho do país é refletido na sociedade, visto que essas pessoas que não tem acesso á educação de qualidade, ou até mesmo nenhuma, vivem na ignorância e alienação. Sendo assim, é notável que a educação transforma a comunidade e é primordial para as pessoas terem chances de uma melhora nas condições de vida e ascensão social, mas o que ocorre no país é exatamente o oposto, ressaltando na desigualdade entre os indivíduos. A partir desse pressuposto, é imprescindível que o governo através do Ministério da Educação financie projetos educacionais e palestras a fim de incluir as diversas variedades linguísticas para formar um corpo social respeitoso e tolerante á respeito do uso diferenciado da norma-padrão da língua portuguesa. Torna-se necessário que o Estado por meio da mídia não interligue essas variantes, á minorias, e seja um meio de transmitir informação e incluir essas pessoas. Dessa forma, fazendo com que esse tipo de preconceito deixe de ser uma realidade.