Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 30/12/2017

É inquestionável que a gramática promove certa organização à língua. Contudo, ter a norma padrão como verdade absoluta é um grande equívoco, assim, a língua acima de tudo é fruto da cultura e dos indivíduos de cada região que buscam uma comunicação mais proficiente. Nesse contexto, o preconceito linguístico denota um atentado à cultura e identidade nacional, além de ser fruto da coerção das classes dominantes sobre as menos favorecidas. Segundo o filólogo Marcos Bagno, o brasileiro não sabe português, pois só em Portugal se fala bem português. Desse modo, as interações entre os colonizadores e colonizados no brasil, por volta do século XVI, criaram novos vocabulários e modos de se comunicar, nesse período, o Brasil não possuía uma língua oficial, afinal, quando a elite brasileira começou a tentar padronizar a maneira de se comunicar surgiu o primeiro atentado à cultura linguística brasileira. Como prova disso, segundo a professora Biderman, a língua é responsável por transmitir aspectos de vida, crenças e valores de uma sociedade. Aliás, esses atentados são bastantes comuns em escolas e em redes sociais, em que as pessoas criticam o que foram instruídas a ver como erro. Convém lembrar que a comunicação é bastante dinâmica a todo momento, já que novas palavras são criadas para facilitar a comunicação entre determinados grupos, além disso, um exemplo são as palavras nas redes sociais como hiperlink e stalker. Entretanto, quando é falado sobre nordestinos e outros grupos menos favorecidos sempre se percebe seu modo de comunicação como inadequado. essa visão é resultado, do poder de coerção que a norma estabelecida pela elite tem sobre a sociedade, uma vez que, provoca a perda de vários elementos que fazem parte de história brasileira. Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para evitar a perda da cultura linguística. Primeiramente, cabe ao Poder Executivo, em conjunto com o Ministério da Educação, criar campanhas publicitárias nas escolas e na mídia por meio de palestras, cartazes e filmes mostrando a diversidade linguística presente no Brasil, levando a conscientização de que a diversidade linguística é algo natural e essencial, somado a treinamentos aos professores para lidar com a diversidade nas escolas. Com isso, os brasileiros desde sua infância irão compreender os fenômenos linguísticos e respeitar a diversidade no modo de se comunicar.