O homem nasce livre, mas por toda parte encontra acorrentado. Tal declaração Proposta por Rousseau, durante a efervescência do iluminismo no século XVII, permite-nos refletir, nos dias atuais, sobre como o preconceito linguístico, representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, convém discutirmos as principais causas e consequências dessa problemática. Como análise inicial, podemos perceber que ao longo da historia da humanidade, o preconceito linguístico surgiu pela confusão entre gramática e língua. A sociedade elitizou a linguagem considerando somente o português padrão e menosprezou as outras variações, uma vez que, compreender que o ser humano é uma diversidade, talvez fosse um dos caminhos para combater fenômeno. Vale também ressaltar que, nosso idioma tem uma influência muito grande na vida das pessoas. O modo de falar, aliado ao de escrever, pode dizer muito sobre onde o falante vem e até mesmo a classe social que está inserida. O simples fato de ironizar e discriminar um indivíduo pode leva-lo ao isolamento, prejudicando não só, seu desempenho escolar, como também a dificuldade de interagir socialmente, pois a sujeito se sente desprezado com medo ser alvo de preconceito novamente. Portanto, para que os ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade não sejam apenas uma proposição teórica, é necessário que as escolas realizem práticas que valorizem as vivencias e realidades dos alunos, por meio de palestras que visam às diversas formas de língua em nosso país. Espera-se com isso, formas cidadãos que respeitem as diferenças presentes em nosso tecido social além da minimizar ou até erradicar este entrave a longo prazo.