Vossa mercê, vós mercê e você. A evolução da língua faz com que, constantemente, a fala e os recursos oratórios e de escrita mudem, se adaptando com o contexto em que se está inserido. Entretanto, as diferenças de pronuncia e de escrita no território nacional vem trazendo o preconceito linguístico, discriminação essa que faz com que milhares de brasileiros sejam considerados analfabetos e de fala errada. Então, qual seria o modo certo de falar? Primeiramente, vale salientar que o Brasil é, historicamente, um país de múltiplas culturas. Isso se iniciou no Brasil colônia, quando o Europeu, o africano e o índio se uniram e formou-se a nacionalidade brasileira. Então, percebe-se um vasto repertório sociocultural, e isso é refletido na língua portuguesa, visto que a derivação do português nacional é uma mistura de palavras dessas três raças, gerando a riqueza também tanto no repertório linguístico quanto no escrito. Sob esse contexto, percebe-se a segregação socioeconômica baseada na oralidade. Isso é um fato constante, principalmente quando indivíduos do interior do país ou de estados brasileiros -que já presenciam um tabu, como os estados do Norte e Nordeste do país que são sempre taxados de pobres- sofrem ao irem à cidades grandes. Com isso, a esteriotipação do indivíduo é formada automaticamente de forma, na maioria das vezes, equivocada. Conclui-se, portanto, que é necessária a compreensão dos brasileiros que não há o certo ou o errado no que diz respeito a pronuncia, considerando que é necessário levar em conta outros fatores como região e histórico. Então, cabe as escolas ensinarem o português com todas as suas normas padrões, mas mostrar as variâncias linguísticas de todo o Brasil, para que o preconceito torne-se identidade nacional. Também cabe as mídias mostrarem, através de novelas e filmes, a diferença linguística que existe de norte à sul. E por fim, cabe ao indivíduo respeitar as diferenças, já que ,o que faz nosso país ser tão reconhecido é sua riqueza cultural.