A língua é um dos principais instrumentos que sustentam a vida em sociedade, que tem como característica determinar a região de tal população. Ela é responsável pela interação e comunicação entre os indivíduos, porém pode atuar de maneira negativa, sendo uma das ferramentas de segregação social. No livro "Preconceito Linguístico: o que é, como faz" de Marcos Bagno, ele aborda que não existe uma forma correta ou errada dos usos da língua, mas que a busca pela fala certa colabora com a prática da exclusão social, a qual designa afastamento e privação de determinados indivíduos. A língua é uma ação social, na qual as pessoas interagem e emitem o que desejam de acordo com o contexto no qual estão imersos, ou seja, alguém do norte do país tem uma história que não será a mesma de alguém do sul ou do centro-oeste. O dialeto é inacabado, não há como colocá-lo em um quadrado e ordenar que todos falem igual. Contudo, as variações não ficam apenas nos níveis da língua, elas também são resultantes de fatores sociais. Não existe uma única forma de falar uma língua, de falar o português brasileiro. É preciso cuidar o preconceito linguístico, é necessário que os pais passem para seus filhos a importância do respeito e da educação ao próximo, a ter empatia, e a mídia fazer uso de propagandas de incentivo à inclusão social. A língua é identidade, é cultura; ela vive porque nós vivemos e a utilizamos para vivermos em sociedade e interagir com o outro.