Título da redação:

Preconceito Linguistico no Brasil

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 02/11/2018

O preconceito linguístico é aquele gerado pelas diferenças na fala dentro de um mesmo idioma, ocasionando assim um apartheid entre os falantes pelo sentimento de superioridade na sua forma de comunicação. Nesse caso, algumas palavras pejorativas são utilizadas para determinar grupos de pessoas associado a este fato, dentre esses se incluem: "caipiras", "baiano", "roceiro", dentre outros. A língua é mutável, vive se modificando ao longo do tempo pelos falantes, para melhor se adaptar a realidade histórica, étnica e social de um determinado período. A diversidade de dialetos, gírias e regionalismo, enriquece um idioma, essa, externa, mais uma vez, que a humanidade não pode ser padronizada e estereotipada por indivíduos, os quais se consideram superiores por utilizar de uma forma mais "culta" de se expressar, até porque não se pode julgar uma pessoa por falar "errado". Segundo Marcos Bagno, professor, linguista e filósofo, não existe uma forma "certa" ou "errada" dos usos da língua e que o preconceito linguístico é gerado pela ideia da existência de uma única língua correta (baseada na gramática normativa), em conseguinte, a violência contra um indivíduo ou grupo social é gerado, através do deboche, ocasionando muita das vezes, em uma agressão física. Desta maneira, não podemos negar que esse impasse se faz presente no meio social, e para tal mudança, é necessário a transformação das grande mídias na representação das características de determinada região, por exemplo, o uso da imagem de nordestinos por essas em novelas, geralmente é utilizado como forma humorística, menosprezando o real valor do povo dessa região, e minimizando essa cultura. A grande mídia que exerce um papel tão grande de influência, deveria parar de estereotipar um personagem por sua maneira de falar, e investir em propagandas para erradicar esse mal dentro de uma sociedade. Afinal, ser um "bom" falante, é ser um poliglota em sua própria língua.