Título da redação:

Preconceito linguístico: inexpressão da cidadania

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 03/10/2018

O código linguístico é uma ferramenta de comunicação. Certamente,a discriminação linguística retrata a perda do regaste a identidade cultural.Como pressupostos argumentativos,percebe-se que as políticas públicas não são eficientes na criminalização da violência linguística,bem como a utilização da língua como um mecanismo de segregação social e uma sociedade descompromissada frente à sua constituição plural.Desse modo,a intolerância a diversidade linguística é um reflexo da crise do sistema educacional. Do ponto de vista político, percebe-se um descaso governamental no combate ao preconceito linguístico.Nesse cenário,responsabilizar os indivíduos que exercem o assédio linguístico favoreceria a integração dos diferentes variantes e dialetos,bem como à diversidade cultural,caso contrário,perpetuaria-se o perfil conservador de estigmatização da pluralidade linguística oriunda desde o período da colonização com a padronização de uma língua,considerada superior às demais,a do colonizador europeu.Dessa maneira,percebe-se o preconceito linguístico como fruto do legado histórico. Ademais,sob o viés sociocultural, observa-se a escola como um ambiente que propaga preconceito linguístico.Nesse contexto,as instituições escolares ao normatizarem uma linguagem padrão em detrimento das variações linguísticas,ao invés de dialogar entre ambas,contribui para a perpetuação do preconceito e da segregação social,uma vez que ,os regionalismos linguísticos retratam as diferentes condições sociais entre os cidadãos.Exemplo disso é a discriminação direcionada aos brasileiros das regiões Norte e Nordeste do país,haja vista suas condições históricas e sociais de formação.Nessa perspectiva,o ambiente escolar negligencia a ideia de Paulo Freire de que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Em suma, a intolerância ao multiculturalismo linguístico é uma questão histórica.Não restam dúvidas ,de que a integração interlinguística tem um perfil preservacionista.Como encaminhamentos propositivos, exige-se que sejam criados projetos de leis que criminalizem os indivíduos que praticarem assédio linguístico por intermédio do Governo Federal em parceria com o Poder Legislativo,assim como a reformulação do sistema educacional de ensino da Língua Portuguesa por meio de planos pedagógicos democráticos que dialoguem com a realidade dos estudantes via Ministério da Educação.Logo, o enfrentamento dos antagonismos pressupõem racionalidade.