Uma demonstração de preconceito linguístico é vista em “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, onde o protagonista passa por dificuldades para se comunicar com as pessoas, por não ter um conhecimento mais amplo da norma padrão da língua, sendo visto por outros como inculto. No Brasil, temos uma diversidade de culturas diferentes, por tanto é indubitável essa rejeição linguística, assim, não devemos priorizar nenhum tipo de língua em relação às demais. Sem duvidas a língua portuguesa, vem sofrendo grandes transformações e o responsável por isso são os próprios falantes, independentemente de escolaridade ou classe social. Temos em vista também que não devemos desvalorizar a norma culta da língua, aquela em que nos baseamos para aprendermos a nos comunicar com mais clareza, pois de acordo com Voltaire, “Aprender várias línguas é questão de um ou dois anos; ser profissional na sua própria exige a metade de uma vida”. O Brasil é um dos países, onde possui uma das maiores taxas de pessoas com baixa escolaridade do mundo, causando assim o fortalecimento da supressão da pluralidade, criando uma padronização das línguas que só um jeito é aceitável, e isso é uma dominação imposta socioculturalmente, pessoas que sofrem essa discriminação linguística, tendem a desenvolver problemas sociais e psicológicos. Situações alarmantes como essa, necessitam de uma mudança. Pensando nisso, vemos que as escolas devem mostrar todas as diferentes formas de fala da língua, deixando assim o aluno com uma visão mais critica e ampla na língua portuguesa. A mídia deveria tirar a padronização das falas dos personagens, e junto com o ministério da educação, deveriam criar campanhas publicitarias que ajudem a quebrar esse preconceito linguístico.