A obra "Vidas Secas" de Graciliano Ramos retrata a vida de uma família pobre e nordestina. Na história, o personagem Fabiano é menosprezado por seu patrão por não dominar a língua padrão e por isso não seria capaz de protestar sobre suas dificuldades. Assim como Fabiano, milhões de pessoas sofrem esse tipo de discriminação e são humilhadas apenas por seu modo de falar. Em primeiro lugar, o principal causador do preconceito linguístico é a intolerância com a forma pessoal de cada individuo se comunicar, seja ela cultural ou por falta de acesso a estudos de qualidade. Brincadeiras e piadas com a forma de alguém falar pode se transformar em ofensa e humilhação. Nas redes sociais, podemos citar como exemplo os vídeos produzidos e publicados por Marcela Tavares, onde a mesma comenta e “corrige” erros de “fala” ou “escrita” comuns na sociedade, os vídeos são de uma forma descontraída, algumas pessoas podem entender como “brincadeiras”, entretanto, outros, veem esses vídeos como uma forma de menosprezar a variação linguística existente em todo território brasileiro. Portanto, observa-se que o Ministério da Educação, deve adicionar nas aulas de língua portuguesa o ensinamento sobre a variação linguística que existe no país, em todas as escolas nacionais. As mídias devem adicionar em propagandas, novelas, series e filmes as consequências deste tipo de preconceito e acabar com estereótipo de que todo personagem “pobre” e “engraçado” tem que falar em errado. Em suma, é dever de todos conhecer e respeitar a variação linguística que existe no país para que dessa forma, os casos de discriminação possam diminuir.