Título da redação:

Os preconceitos linguísticos no Brasil

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 07/09/2018

A língua é um organismo vivo que se modifica ao longo do tempo, e que contribui para a identidade de um país. Todavia, o preconceito linguístico, no Brasil, é evidente, por isso, é preciso entender que há diversas variantes na língua, e uma não deveria ser mais prestigiada em relação às demais. A priori, observa-se que vale notar o impacto da colonização do Brasil para o estabelecimento desse preconceito. Durante o século XV, com a chegada de diversos povos ao país, tais como africanos e europeus, formou-se, de acordo com Gilberto Freyre, uma sociedade composta por três pilares: nativo, colonizador e escravo. Com isso, estabeleceram-se, de forma intrínseca, as distinções existentes entre esses grupos, dentre elas, a diferença linguística, sendo determinado que no país a língua principal seria a dos colonizadores, corroborando a desigualdade entre eles. Dessa maneira, percebe-se o preconceito linguístico na nação brasileira como fruto do legado histórico. Além disso, é evidente que o fato de existir uma variante padrão faz com que as demais sejam desprestigiadas, gerando o preconceito linguístico. Esse tipo de preconceito – pouco discutido no Brasil – acentua ainda mais a desigualdade social no país, pois a língua está totalmente ligada à estrutura e aos valores da sociedade, e os falantes da norma culta são aqueles que apresentam maior nível de escolaridade e poder aquisitivo. Os indivíduos que sofrem discriminação linguística tendem a desenvolver problemas de sociabilidade e, até mesmo, psicológicos. Compreende-se, portanto, que o preconceito linguístico é prejudicial por contribuir com a desigualdade existente no país. Faz-se necessária, então, a ação do Governo Federal, em parceria com o Poder Legislativo, ao promover a criação de leis punitivas aos indivíduos que tiverem atitudes discriminatórias quanto ao linguajar de outrem, por meio de propostas legislativas, com o fito de assegurar o bem-estar de pessoas de diversas origens regionais. Assim sendo, essa discriminação não será mais um embate para a sociedade brasileira.