Título da redação:

Os falares do Brasil

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 28/10/2018

No período do descobrimento do Brasil, o escritor Pero de Magalhães Gandavo em uma de suas cronicas descreveu o índio como um ser inferior pela ausencia das letras f,l,r na pronúncia, em consequencia disso,para ele, esse povo não tinham ´´nem fé,nem lei, nem rei´´. Nesse contexto, passados mais de 500 anos do narrado, algumas pessoas ainda pensam como Magalhães e fazem julgamentos preconceituosos discriminando o rico dialético que só tem a somar a cultura brasileira. Primeiramente, o preconceito linguístico começa na escola. Dessa forma pode-se citar os gibis da turma da Monica, quando Maurício de Sousa escreveu episódios em que o personagem Chico Bento, uma criança caipira sofria preconceito por sua professora que o ordena a falar do jeito certo. Sendo assim, os professores estão equivocados ao julgarem a expressão dos alunos, afinal, esses profissionais devem ensina-los apenas a adequar sua linguagem ao contexto comunicativo, não a julga-los pelo seu falar. Ademais, inexiste no Brasil uma língua superior a outra. O renomado linguísta Carlos Magno afirmou em seu livro que não existe uma língua certa e outra erradas, mas existem diferenças que obrigatoriamente devem serem respeitadas. Dessa maneira, o ensino de acordo com a norma padrão é necessário, porém, auxilia na discriminação das falantes desinformados a excluir socialmente os que não compartilham de sua condição. Diante dos fatos supracitados, é mister que Ministério da Educação implemente na grade curricular das escolas aulas com materiais didáticos que abordem as variações linguísticas do país, além de aulas da gramática desses falares. Feito isso, ficará evidente que existem diferenças linguísticas que devem serem respeitadas, não corrigidas,mas adequadas ao contexto do discurso.