Observa-se que houve uma miscigenação no Brasil, desde o século XVI, com a Colonização, visto que a linguagem brasileira teve influência dos povos indígenas, africanos e de povos europeus. Desse modo, o Brasil sofre, desde então, preconceito linguístico, principalmente o regional e o social. É primordial ressaltar que a região Nordeste é a que mais sofre preconceito linguístico, uma vez que é uma das regiões mais pobres e a maioria da população não possui o mesmo nível de escolaridade das demais regiões. Nesse sentido, segundo os ideais do físico Albert Einstein, é muito difícil desintegrar um preconceito quando ele já está enraizado. Dessa maneira, a sociedade precisa entender que existe duas formas de linguagem, a culta e a coloquial. Com efeito, a partir do momento que a fala é entendida, ela é considerada uma linguagem. Outrossim, há o preconceito linguístico social, dado que a elite, por possuir maiores oportunidades e ter uma “educação de berço”, menospreza a forma de se comunicar dos mais pobres. Contudo, isso contrária a Constituição Federal, a qual garante que todo indivíduo tem direito a educação de qualidade. Entretanto, por não possuir uma boa escolaridade, a maior parte da população não sabe que há diferença entre a linguagem formal, a qual é pautada no uso correto das normas gramaticais, e a coloquial que representa a linguagem cotidiana. Entende-se, portanto, a necessidade de combater o preconceito linguístico. Logo, é dever do MEC, fazer cumprir o direito Constitucional a uma boa educação, além de fazer a sociedade compreender que o Brasil é o país da miscigenação e que as variações linguísticas constituem um patrimônio cultural, por meio de uma educação de qualidade, de palestras e propagandas que sejam veiculadas nas redes de TVs, a fim de valorizar a variedade linguística brasileira. Com isso, a sociedade entenderá que a variação linguística faz parte do contexto histórico do Brasil.