Título da redação:

O preconceito linguístico no Brasil

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 01/04/2018

No início do século XVI, Portugal "descobriu" e posteriormente transformou o Brasil em uma de suas colônias. Os colonos portugueses trouxeram consigo a sua língua oficial, o Português europeu que foi utilizado e seguido na colônia. Entretanto, com o passar dos séculos e a influência de termos de outras culturas estrangeiras, como a africana, indígena e a de outros países europeus e americanos, o Brasil passou a ter uma heterogenização da língua. Por isso, analisando esses processos de formação e variação histórica da língua, parece impensável que o país ainda sofra com uma prática tão grave quanto o preconceito linguístico. O Brasil é o maior território nacional da América Latina, fazendo assim fronteira com diversos países, tornando comum que as pequenas regioẽs de fronteira tenham dialetos diferentes do que é considerado padrão. O tamanho do território do país também influenciou na formação de muitas variações regionais da língua. Sendo que muitas vezes essas variações representavam uma forma de identidade cultural do grupo e que merece respeito. As ofensas as diferentes formas do português brasileiro vêm da premissa de que a a língua deve ser igual e homogênea, seguindo a norma culta. Porém, a norma culta não deve ser vista como uma imposição aos falantes do português. Ela facilita o entendimento em conversas e em outras manifestações, isso é notável, porém não é obrigatória para todos os registros, que são as situações em que se usa a língua. No romance de Bagno, A língua de Eulália, o autor tenta trabalhar com a ideia de que não existe só uma língua no Brasil e sim várias. A língua apresenta muitas variações que reforçam a identidade nacional, cultural, regional e entre outros. E ela é fléxivel aos diversos registros. Logo, não deveria existir preconceito com as camadas sociais que usam dessas variações, elitizando a língua. Conseguimos afirmar que a língua é flexível, os que ainda não são, são os seus falantes, que tendem a discrimininar e a zombar de diferentes apresentações da língua. Esse preconceito precisa ser combatido e para isso, as escolas, a mídia e o Ministério da Cultura devem se juntar para promover debates nas instituiçoes escolares e em meios de comunicação de forma a permitir o entedimento de que a língua não deve ser excludente e de que todos devem saber sim fazer uso da norma culta porque isso é um direito de todos os cidadões. Mas que isso não implica na obrigação do seu uso, se o indivíduo assim não quiser, podendo utilizar de acordo com o registro, a variação que lhe agradar.