Título da redação:

O preconceito linguístico no Brasil

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 30/01/2018

“O brasileiro não sabe português”. Essa afirmação retirada da obra “Preconceito linguístico”, de Marcos Bagno, retrata um pensamento intolerante e muito presente no discurso de diversas pessoas em âmbito nacional. Sob essa perspectiva, observa-se no Brasil uma grande discriminação com as pessoas que têm variação linguística diferente da fala padrão e àqueles que não possuem educação de alto nível. Nesse contexto, torna-se, indubitavelmente, necessário medidas cabíveis. A priori, é valido ressaltar que em meados do século XVII, no período colonial, com a expulsão dos jesuítas, a coroa portuguesa proibiu o uso de qualquer outra forma de linguagem que não fosse a lusitana. Comcomitante a isso, a sistemática e arbitrária homogeneização da fala que prevalece hodiernamente é um modo o qual a classe a elitista usa para se distinguir dos inferiores a si. Baseado nisso, consoante ao pensador Emile Durkheim, em sua teoria da coerção social, a população tende a segregar aqueles que destoam do padrão imposto socialmente. Ademais, é notório a presença de frases humorísticas das variantes da língua, exclusivamente a nordestina, por parte da mídia, o que culmina em uma sociedade cada vez mais intolerante e discriminante. Também, observa-se a rigidez com que algumas escolas ensinam português a seus alunos, resultando em preconceitos dos adolescentes com aqueles que não possuem uma boa base escolar. Destarte, é mister a potencialização de medidas para contornar essa realidade. Para tanto, cabe à prefeitura de cada cidade realizar palestras com profissionais especializados em sociocomunicação, direcionados à população. Outrossim, é de suma importância que a mídia realize propagandas publicitárias a qual apoiem a presença de variações linguísticas. Além disso, cabe às escolas conscientizarem seus alunos, por meio das aulas da língua portuguesa, de que é preciso respeitar as divergências da fala. Assim, o brasil se tornará mais tolerante