Título da redação:

O preconceito da língua

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 28/09/2018

Segundo Evanildo Bechara, “todo falante é poliglota em sua própria língua”, porém de acordo com a situação comunicativa em cada questão em toda pessoa é realmente poliglota o Brasil. Isso deve-se à precária base educacional, na qual quem não possui o domínio da norma culta nem sempre é incluído socialmente, gerando preconceito linguístico. Além disso, o brasileiro não admite que há uma variedade vasta na língua portuguesa e acaba inferiorizando-a e negligenciando-a. Em primeiro lugar, observa-se que a falta de conhecimento da norma culta é um fator pertinente. Segundo pesquisas, a ausência de domínio da língua formal dos brasileiros é uma causa de exclusão social no Brasil, na qual boa parte da população sem instrução pode vir falar inadequadamente e não ascendem socialmente. Entretanto, isso torna-se um mito, como Marcus Bagno apontou em seu livro, Preconceito Linguístico, que é preciso garantir o reconhecimento da variação linguística e que só a dominação da norma culta não trará sucesso social. Logo, sem analisar a diversidade linguística o povo alimentará o preconceito. Ademais, a inferiorização da língua portuguesa do Brasil é um ponto inerente. O pensamento de que o brasileiro não sabe português e sim o próprio português de Portugal sabe evidencia o que Nelson Rodrigues cria: o complexo de vira-lata, na qual o brasileiro coloca-se inferior em face do mundo. Contudo, o que há é a diferença linguística brasileira em relação a portuguesa. Então, não há algo certo ou errado e sim a variedade, em que não existe um motivo de negligenciar e ter preconceito da língua. Portanto, as causas apresentadas contribuem para o preconceito linguístico. Nesse sentido, faz-se necessária a ação das escolas promovendo aulas sobre como o preconceito esta tão enraizado na cultura brasileira com lições de variedade linguística e que ensinem sobre cultura nas salas de aula, além de promover palestras interativas, com momentos de debate e conversas sobre o respeito ao próximo a fim de amenizar o preconceito e, assim, a população aprenda o quão vasta é a língua.