Levando em consideração que vivemos em um pais com dimensões continentais, os diferentes sotaques e gírias são notórios. O preconceito linguístico é um dos preconceitos mais empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da exclusão social. “ Na constituição liberal-democrática de 1946, lê-se: ‘ Não podem alistar-se eleitores: analfabetos, os quais não saibam exprimir-se a língua nacional”... (art.132). A história deixa em evidencia o quão estas pessoas já sofreram e foram oprimidas por conta da sua decadência linguística em relação aos demais, “ sulista que considera à sua maneira de fala superior aos que vivem ao norte do pais”. Sendo que os sotaques se distinguem até mesmo dentro do próprio estado, “ uma pessoa que morar em Salvador capital da Bahia, muitas as vezes fala completamente diferente daquele que vive no interior do estado”. Palavras com um tom pejorativo e depreciativas são utilizadas para diminuir algumas dessas pessoas por meio de um estereótipo associado a variedade linguística, “ o caipira, o nordestino, o baiano, o roceiro”, dentre outras. Esse tipo de preconceito atinge muitos grupos considerados de menor prestigio social, cabe aos veículos de comunicação que polarizam o uso de uma língua que não é falado em nem uma extremidade do pais, minimizando por meio de (PPPs). Ressaltando também que as variações linguísticas devem ser aceitas pois são um valor cultural, e nunca devem ser usadas para privar um cidadão do seu direito assegurado constitucionalmente.