Título da redação:

Mapeando o caminho

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 09/09/2018

No perpassar da história, a multicultural nação brasileira busca romper suas raízes preconceituosas rumo ao genuíno progresso. Na esteira desse processo, o preconceito a pluralidade linguística e o modo de falar é tido como comum e é aceito pela sociedade. Nesse diapasão, o conhecimento gramatical normativo tem ampliado o hiato entre os menos privilegiados e a população culta. Deve-se ressaltar, a princípio, que a discriminação linguística, seja na oralidade, seja na escrita configura-se como dissolução do modo de vida atual. Na triste afirmativa do professor de Letras da USP Graziano Coelho, as divergências linguísticas produzidas por fatores regionais, sociais e econômicos é tida como fator de exclusão e inferioridade social pela minoria que domina a norma culta. Sob essa ótica, a linguagem tem papel de controle e coerção social. Desse modo, é vigente mapear o caminho para atenuar o preconceito linguístico. Torna-se necessário apontar, em seguida, que o antagonismo no modo de se comunicar tem apresentando-se como uma equação assimétrica favorecendo a elite. Segundo dados do Instituto de Comunicação e Linguagem da UFRJ, apenas 26% da população da Terra Brasilis domina a linguagem formal. Indo um pouco adiante, a pesquisa aponta a infeliz realidade, 72% das empresas no Brasil exigem do entrevistado o domínio da gramática culta. Dessa forma, 74% dos filhos da Mãe-gentil encontra-se marginalizadas no mercado de trabalho. É necessário tomar medidas ousadas e transformadoras para pôr o mundo em um caminho resiliente e tolerante. Partindo dessa lógica da Agenda 2030 da ONU, é condição sine qua non, que o Ministério da Cultura e da Educação em parcerias PPP’s (público-privado), faça palestras e seminários promovendo a aceitação e respeito as características regionais e socioeconômicas, além de criar cursos gratuitos para o ensino da língua aos menos favorecidos. Para além disso, a Escola deve incentivar a interação linguística entre alunos desenvolvendo o respeito pela individualidade. Somente assim, com o caminho mapeado o Brasil seguirá em uma jornada de êxito rumo a minimização do preconceito linguístico.