À questão do preconceito linguístico, nunca foi dada a devida importância, no Brasil. Essa problemática, decorre da tentativa oriunda do período colonial- séculos XV ao XVII-, de impor uma língua para toda a população sem respeitar a diversidade de seus integrantes. Assim, há uma ignorância social e a negligência do Estado ao combate. A princípio, apesar da língua portuguesa se originar do latim vulgar- utilizado por camadas populares- , no território brasileiro ele é utilizado como meio para gerar exclusão na sociedade. Uma vez que, aqueles que não respeitam as normas gramaticais podem ser vítimas de esteriótipos ou piadas, de pessoas mais escolarizadas ou abastadas. Desse modo, é fulcral a busca de conhecimento por agressores , para entenderem e admirar a pluralidade que pode haver no português, além das regras. Ademais, o Governo poderia auxiliar nesse âmbito. Todavia, no que tange sua aplicação de políticas públicas voltadas à promoção dos sotaques, regionalismos e demais variações linguísticas ele encontra-se débil. De tal forma que, apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê como direito uma educação inclusiva, muitos brasileiros, desde a juventude, são vítimas da intolerância. Neste sentido, consoante o rapper Emicida, se um indivíduo adquire saber é importante transmiti-lo de forma afetuosa, não violenta. Infere-se, por conseguinte, que ao Ministério da Cultura junto à mídia cabe a criação de concursos de gêneros literários com o uso de variantes da língua, para os brasileiros aprende-las e respeita-las. Outrossim, aos docentes e familiares realizarem debates com os jovens, afim de eliminar o preconceito linguístico.