Título da redação:

''Certu ou errado?''

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 08/02/2018

Indubitavelmente, o Brasil é um país com grande acervo cultural, visto que em sua colonização a presença de agentes colonizadores como os europeus e africanos formularam a cultura local. Nesse âmbito, no que diz a linguagem do país, há uma vasta variação da mesma, contudo, ainda prevalece a indiferença de algumas regiões com o linguajar de outras, gerando assim uma inferiorização cultural e nesse quesito, deve-se haver uma intervenção. É importante analisar, que grande parte do preconceito linguístico que prevalece no Brasil tem seu alicerce firmado pela hierarquização da gramática normativa sobre as variações ocorridas na língua. Desse modo, aspectos culturais como gírias, sotaques e o regionalismo de determinadas regiões acabam sendo taxados como algo errado para padrões de culturas que se intitulam como ‘‘corretas’’. Todavia, essa sobreposição de valores acabam sendo configuradas como uma forma de preconceito, depreciando os indivíduos e inferiorizando os mesmos com o intuito de ascender a ideologia do ‘‘politicamente correto’’ que é a forma em a norma de algumas culturas se manifesta. Ainda convém lembrar, de que devido a sua pluralidade cultural o Brasil possui inúmeras variações linguísticas e dentre elas, as que mais sofrem preconceito são as que se derivam da cultura nordestina. Como já dito pelo filósofo Jean Paul Sartre, qualquer forma de violência é uma derrota e essa não se manifesta apenas por agressões físicas, mas também por piadas pejorativas e afrontas verbais que ferem os direitos da dignidade dos indivíduos previsto constitucionalmente. Ademais, a grande confusão relacionada ao preconceito linguístico é desenvolvida a partir das escolas, que muitas vezes impõe a normal culta aos alunos sem deixar explícito aos mesmo, que a língua é mutável e a escassez de material didático e a falta de preparação de alguns profissionais sintetizam a ignorância presente no preconceito linguístico contemporâneo. Portanto, medidas são necessárias para combater o empasse. O Ministério da Educação em parcerias com profissionais e editoras parceiras, devem promover uma reformulação no conteúdo didático, por meio de revisões relacionada ao tema deixando explicito que não há certo ou errado, apenas o diferente. Além disso, as mídias devem estar presentes como veículos de propagação de campanhas que provam a cultura de outras regiões, por meio de comerciais ou novelas. Outras medidas poderão ser tomadas, mas o primeiro passo é sempre o mais importante para o desenvolvimento da nação.