Título da redação:

A língua não para

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 13/11/2018

Conforme o trecho da música "o tempo não para" de Cazuza, "eu vejo o futuro repetir o passado", o preconceito linguística é um problema hodierno. Desde a colonização do século XVI essa vicissitude é uma realidade. Sendo incoerente sua existência, visto que a colonização brasileira foi híbrida. Em primeiro plano, no livro "vidas Secas" de Graciliano Ramos, expoente da Segunda Geração Modernista, retrata os regionalismos linguísticos das personagens, idem fruto de segregação social. Outrossim, Marcos Bagno, escritor e linguista brasileiro, luta pela democratização da linguagem, pois segundo ele a língua tem ideologia de exclusão social, tal fator é demostrado pela ridicularização midiática às variantes linguísticas e a criação de esteriótipos sociais. Por isso, deve ocorrer medidas que democratizem a língua. Ademais, a busca pela perfeição linguística, fruto da supervalorização da norma padrão em detrimento das variantes, torna o ambiente escolar excludente, propagando o mito da existência de uma unidade linguística brasileira, resultante na perda de oportunidade de contemplar as graciosidades da língua, como colocado no conto "o colocador de pronomes" de Monteiro Lobato. Desse modo, o ensino baseado na concepção de certo e errado gramatical gera o preconceito contra as variantes. Pelos fatos supracitados, compete ao Ministério da Educação orientar as instituições educacionais a realizar práticas e procedimentos que valorizem as vivências e a realidade dos alunos, como feiras linguísticas preparadas por alunos e apoio de docentes, sobre a variedade de sua região ou do país, visando a valorização dos falantes e com isso a escola tornará um ambiente acolhedor. Só assim, com base na primeira lei de Newton, essa problemática sairá da inércia.