Título da redação:

A língua como ação social

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 06/03/2018

Língua é identidade, é cultura, ela vive porque nós vivemos e a utilizamos para vivermos em sociedade e interagir com o outro. Desse modo, o Brasil pela sua diversidade cultural, econômica e social tem uma variação linguística. Porém, essas variedades são o estopim de um preconceito linguístico, tendo como necessário a reversão da conseqüência dessa diversidade, para que a língua exerça seu verdadeiro papel de ação social. Primeiramente, a língua está sempre em construção e desconstrução. Ao longo da história brasileira, muitas palavras são consideradas arcaicas, mas ao mesmo tempo outras são criadas. Nesse ciclo de mudanças, no intuito de preservar a língua com as influências de outros povos, Dionísio de Trácia criou-se a gramática com a ajuda das observações dos filósofos Aristóteles e Platão. Considerada como uma norma-padrão e uma herança grega, a gramática impôs um padrão na língua portuguesa no Brasil existente até hoje. No entanto, esse padrão causa a exclusão de muitos indivíduos que não a segue. Dessa forma, a cultura de cada região, o status econômico, a escolaridade são fatores dessa exclusão e precursoras do preconceito, pois cada região ou indivíduo tem um jeito de pronunciar a língua brasileira, devido a formação diversificada. Um exemplo é a palavra pão de sal, ou pão francês, ou cacetinho, que diferenciam apenas no nome em cada região, mas significam a mesma coisa. Nesse contexto, o período Brasil colonial explica a fundação desse preconceito., diante da exploração dos colonizadores portugueses e desrespeito com a língua tupi dos Índios. Além disso, o status econômico tem o poder de definir uma língua como a mais correta, causando segregação social. Contudo, torna-se evidente, que o preconceito linguístico é enraizado no Brasil e perpetua até os dias de hoje, oriunda das diversidades culturais, econômicas e sociais. Assim, faz-se necessário que o Governo Federal crie programas e slogans com o intuito de promover o conhecimento das variedades da língua e seus motivos, com palestras, debates e divulgação na mídia. Ademais, as escolas e universidades devem ter aulas sobre esse preconceito com suas causas e propostas para seu extinto, e debates sobre a gramática e suas exclusões. Assim, a língua exercerá sua ação social de interação e comunicação entre as pessoas.