Título da redação:

A diversidade é motivo de interação, não de exclusão.

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 07/12/2017

O Brasil é um país que lida com a discriminação há muito tempo, visto que desde seu período colonial houve a exploração do negro e do índio por haver uma crença de que o branco era superior. Essa característica foi herdada para o presente, atuando de diversas maneiras, seja por meio da intolerância com a raça, cor, sexo, opção sexual ou a maneira de falar. Atualmente, muito se discute sobre o preconceito linguístico, no entanto mais importante do que discutir é agir, a fim de modificar tal cenário. Em primeiro plano, é importante esclarecer que o preconceito linguístico surge a partir da diferença da fala dentro de um mesmo idioma, ou seja, a diversidade regional, os dialetos, as expressões cotidianas acabam sendo vítimas dessa intolerância. O Brasil é conhecido por sua diversidade cultural, todavia é perceptível que na realidade isso não é verídico, uma vez que os relatos de discriminações linguísticas são diversos. Sendo assim, pode-se citar um caso recente que gerou caos na rede social, o médico Guilherme Capel Pasqua postou uma foto insultando o paciente por ter falado algumas palavras erradas, como peleumonia. Após esse fato, o profissional da saúde foi encaminhado Conselho Regional de Medicina de São Paulo para ter sua conduta analisada, porém essa é apenas uma ocorrência, existem muitas outras nas quais o agressor não é nem identificado, muito menos julgado. Em segundo plano, é relevante destacar a importância da globalização para o mundo atual, uma vez que é responsável por ampliar a conexão entre as pessoas e países, trazendo mais informações e girando mais capital. Entretanto, essa mundialização também agravou a desigualdade social, pois exige cada vez mais bens e conhecimentos para os ricos, enquanto os mais pobres ficam mais longe de tais oportunidade. Logo, as pessoas de condição mais simples não possuem o mesmo acesso à educação e vivem em locais mais humildes, portanto não possuem a mesma desenvoltura em comportamento e fala como os demais indivíduos, sendo marginalizados da sociedade e sofrendo discriminação. Ou seja, o preconceito linguístico não se trata apenas de uma hostilidade, mas também um fator de segregação social. Em suma, o preconceito linguístico, no Brasil, é muito evidente e exige uma mudança, para isso faz-se relevante uma intervenção estatal e social. O Governo Federal tem o dever de garantir a igualdade, que está assegurada no Artigo 5º da Constituição, por meio de políticas de inclusão e maior investimento na educação, implantando cotas e contratando bons profissionais. Ademais, a mídia é um fator influenciador na sociedade, desta forma deve utilizar do seu poder de persuasão para diminuir a intolerância e não criar estereótipos com personagens que não falam conforme a gramática normativa. Já dizia o sociólogo brasileiro Bentinho que um país não muda por sua política, ciência ou economia, mas sim por sua cultura e somente com essas atitudes será possível transformar o país, além de garantir que haja um desenvolvimento e conscientizar a população sobre a importância do respeito e da tolerância com o diferente.