Muito se tem discutido, recentemente, acerca do parto de mães brasileiras, em decorrência de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revelando a predominância da cesárea em mais de 50% dos casos, sendo que a Organização Mundial de Saúde recomenda cerca de 1/3 dessa porcentagem. Essa situação advém, geralmente, de mães mal informadas sobre os prós e os contras de cada procedimento, pois inúmeros especialistas em obstetrícia apontam que o parto natural é milhares de vezes mais saudável para a mãe e para a criança. Alguns argumentam que a cesariana é menos dolorosa do que o parto natural, e estão certos, em parte, pois durante o procedimento as pacientes são anestesiadas, no entanto, o pós-operatório é muito sofrido. Além disso, acredita-se que a cirurgia é mais saudável e menos perigosa para ambos os atores, isso sem contar com a versartilidade no que diz respeito ao agendamento do nascimento. Especialistas, porém, alegam que o parto normal propicia melhores condições físicas e psíquicas aos pacientes, pois a taxa de mortalidade do procedimento natural é cerca de 10 vezes menor que em cesarianas, além do bebê estar menos sujeito a certas doenças respiratórias ou autoimunes, e a parturiente, se em condições saudáveis, recupera-se rapidamente. Ainda convém lembrar que a cesárea é uma cirurgia e assim como quaisquer outras está sujeita a vários riscos - como infeccção hospitalar, hemorragias, entre outros. Outra preocupação constante no que diz respeito ao agendamento do procedimento cirúrgico, concerne ao risco de nascimento prematuro, já que os médicos não sabem precisamente o dia e a hora em que a criança estará pronta, rompendo o ciclo natural. Dado o exposto é imprescindível que os pais se informem apropriadamente sobre as diferentes formas de dar a luz, acerca dos prós e contras e se conscientizem com relação aos benefícios proporcionados pelo nascimento natural. Há clínicas que oferecem serviços de parto humanizado, dando todo o apoio necessário às grávidas, tal ferramenta deveria ser implantada também, na rede pública de saúde. Campanhas publicitárias através da internet, televisão e rádio serviriam para incentivar o parto normal e trazer mais saúde para as mães e filhos brasileiros.