Título da redação:

O governo e sua relação com o parto

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 08/08/2015

É recorrente que cada vez mais mães optem por fazer cesarianas ao invés do parto normal. A cesariana é mais rápida, pode ser agendada e a mãe não sente dor durante todo o procedimento. A questão é que esse método é claramente mais agressivo, tanto para a mãe quanto para o feto. O Brasil vem se tornando campeão em número de cesarianas a cada ano. Com tantos dados alarmantes, o Estado deve sim se preocupar e entender o parto como uma questão para a saúde pública.Os impactos podem ser desde o nascimento de crianças com deficiências até a elevação da taxa de mortalidade de mães e recém-nascidos. Inúmeros artigos médicos comprovam a eficiência e as vantagens do parto normal, tanto para a gestante quanto para a criança. Então por que tantas mães brasileiras ainda optam por fazer um procedimento tão invasivo quanto a cesariana? O parto normal, infelizmente é mitificado no senso comum da brasileira como um procedimento arcaico, extremamente doloroso e perigoso para o bebê. Claro, as mães tem o direito de escolher qual procedimento usar, mas podemos considerar que este direito é negado diariamente, pela falta de informação que chega as futuras mães sobre as opções de partos. A mulher pode sim usar anestesia durante o parto normal, portanto pode ser indolor. Sem mencionar que, para o bebê, nascer quando ele está realmente pronto também é de vital importância. Por não ser uma cirurgia, a mulher pode voltar a sua rotina normal pouco tempo depois de dar à luz. Como proposta de intervenção, seria ideal se a população for educada desde a escola, até em seus locais de trabalho através de cartilhas e palestras com profissionais das mais diversas áreas sobre as vantagens do parto normal. O papel do governo também é investir em propagandas informativas, para desconstruir a visão conturbada que o povo brasileiro tem do parto normal. É a falta de informação o problema, então é dever do Estado dar às nossas gestantes e futuras gestantes o direito à informação. Conhecimento aliado a opções, somente assim nossas mães terão a tão almejada liberdade de escolha.