A cesárea é um procedimento cirúrgico utilizada para retirar um feto de dentro do útero de uma gestante. Dentre os motivos para a realização da cirurgia no lugar do parto vaginal, ou parto normal, estão situações de sofrimento fetal agudo, feto em posição transversal, entre outros problemas que possam acarretar risco. No Brasil, a taxa de partos feito por cesárea é de, em média, 52%, sendo que em hospitais privados essa taxa salta para 84%. A média recomendada, no entanto, é de apenas 15%. Pesquisas apontam que 70% das mulheres optam por parto normal no início da gestação. Contudo, poucas foram apoiadas nessa decisão. A preferência dos médicos em indicar mais cesarianas está ligada não só a comodidade de tempo gasto com o procedimento, mas na possibilidade de agendamento, ou seja, se um médico trabalha doze horas em um parto normal e três horas em uma cesárea, os ganhos são equivalentes. A cesárea além de ser uma operação cara, eleva em até 120 vezes as chances de problemas respiratórios para o recém nascido. Os impactos da alta taxa de partos cesáreos não se limitam somente à saúde das gestantes e de seus filhos, mas afetam todo o sistema. Em 2006, houve um desperdícios de quase 84 milhões de reais em cirurgias desnecessárias. Para que esse quadro reverta, é necessário por parte das Gestões Públicas, criar métodos que fiscalizem os partos, para que as cesarianas sejam feitas quando houver real necessidade. O investimento em profissionais como obstetrizes e enfermeiros obstetras atuando em toda a gestação também refletirá positivamente. O procedimento não ficará mais centrado no médico, mas em uma equipe multidisciplinar como acontece em outros países, consequentemente o número de partos feitos cirurgicamente serão menores. Outro fator importante é a informação que é passada para as gestantes através da publicidade e de campanhas. A orientação sobre os riscos e todo o procedimento será essencial para que a mulher conheça os benefícios de um parto natural.