A saúde pública é alvo de severas críticas por parte da sociedade , que além de reivindicar uma melhoria nos serviços prestados, buscam uma humanização nesse setor .Dentro dessa temática, a questão do parto vem causando assíduas discussões , uma vez que este momento tem sido desnaturalizado. Dessa forma, faz -se necessário políticas públicas que sugiram, mas não imponham um protocolo . No século XX, o parto começou a ser hospitalizado, á partir dessa época, as cirurgias cesarianas começaram a ser feitas no Brasil de forma exacerbada . Os índices anuais de cesárias passam dos 50 % no setor público, e chega aos 84 % no setor particular . Diante desses números, o Ministério da Saúde visa diminuir o número de partos por cesarianas, ou seja, impor á grande maioria das mulheres do sistema único de saúde o parto normal . Ainda que esses número sejam desmedidos, o parto - momento do nascer- não deve virar um protocolo . As mulheres em uma fase tão especial como esta , necessita de uma instrução, de um diálogo e não de um decreto . Os profissionais da saúde, seja o médico, as enfermeiras e até mesmo as doulas, precisam fornecer um atendimento humanizado , uma atenção individualizada , deixando claro á liberdade de escolha para á família do bebê. Logo, é imprescindível que as mulheres tenham um plano de parto, uma instrução desde o pré - natal sobre esse acontecimento tão especial . Além do mais, é fundamental um Estado que vise a liberdade de escolha, que oriente e sugira, mas que não imponha o caminho a se escolher , também é necessário um maior investimentos na criação das casas de parto, oferecendo assim uma melhor estrutura para o futuro do nascer .