Ao longo da história e independente da cultura, o instinto materno é algo que está presente na grande maioria das mulheres, levando-as à gestação e exigindo cuidados. No Brasil, é fato que o número de grávidas que buscam hospitais para realizar as consultas de pré-natal, vem crescendo consideravelmente, reduzindo os riscos durante o período da gestação, todavia, a mulher ainda é submetida a um tratamento abusivo durante sua gestação. A persistência de problemas na qualidade da atenção oferecida pelo profissional da saúde é um impasse que ameaça a plenitude da gestação e, portanto, deve ser revertido. É inquestionável a existência de médicos que proporcionam cuidados negligentes durante a gravidez, manipulando as mulheres de acordo com suas conveniências, e muitas vezes com tratamento abusivo, caracterizando a violência obstétrica. Estima-se que no Brasil, sete em cada dez mulheres, no inicio da gestação desejam o parto normal, no entanto, mais da metade dos partos realizados são cesáreas. Magreza, obesidade, dor absurda, são alguns fatores mencionados durante a gravidez, que acabam influenciando na escolha do parto, levando a mulher a submissão do procedimento cirúrgico ou a indução do parto, que por muitas vezes, acaba sendo mais perigoso para a saúde da mãe e do bebê. Dessa forma, surge a necessidade cada vez maior, da difusão da ideia da doula durante o período gestacional. A doula é uma assistente de parto que acompanha a mulher durante e após a gravidez, dando conselhos com a finalidade de garantir o bem estar da gestante e do bebê. Possuindo acesso a essas pessoas, os mitos e dúvidas que surgem durante a gravidez, serão esclarecidos. Sendo assim, a mulher poderá escolher sublimemente o que é melhor para a sua gravidez, estando devidamente preparada para algo que é biologicamente natural para ela, que é o ato de parir. É evidente que a saúde da mulher grávida no Brasil contemporâneo, ainda sofre com alguns impasses. Destarte, é imprescindível, que o ministério da saúde crie um projeto em hospitais, com caráter obrigatório, fornecendo o serviço de doulas aos hospitais públicos, difundindo o aconselhamento das doulas para as mulheres grávidas, e impedindo que decisões equivocadas aconteçam. Também é primordial que a policia federal, desenvolva uma lei específica para os casos de violência obstétrica, para que a atenção voltada para esse problema seja maior, e a devida punição seja proporcionada aos médicos negligentes. Desse modo, gradativamente, será possível assegurar a um número maior de mulher dite suas próprias regras, durante sua gestação