Título da redação:

Epidemia de cesária

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 05/10/2015

É fato que no Brasil, dos anos setenta para cá, após o êxodo rural e consequentemente o aumento da população urbana, a taxa de mortalidade materna e neonatal, no momento do parto, despencou graças ao avanço profissional e tecnológico, na saúde, bem como com o desenvolvimento da cesariana. Porém, agora, o país vivencia uma epidemia desse tipo de parto; gerando riscos desnecessários e que é causado, sobretudo, pela falta de informação da gestante. O grande problema não é só o elevado índice de cesárias, mas, também, a forma como é planejada. Numa pesquisa feita pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com (437) gestantes, (70%) não tinham como preferência a cesária, mas , (90%) acabaram tendo seus filos assim. E dessas que optaram pela cesária (92%) tiveram seus partos prematuramente. Esse ato de programar o parto antes de completar quarenta semanas de gestação, ou até mesmo antes da mulher entrar em trabalho de perto sem motivos que justifique essa pratica (perante o médico), aumenta as chances de risco de vida da mulher, pelo procedimento cirúrgico, assim como, pode trazer sérios problemas para o recém-nascido como problemas respiratórios e ao mamar. Além disso, a prematuridade é responsável por mais da metade das mortes de bebês no primeiro mês de vida, segundo dados do ministério da saúde. Entretanto, essa epidemia de cesária e consequências estão associadas, principalmente, à falta de informação das gestantes ligado ao temor da dor do parto normal. Mas, como já foi dito na pesquisa da Fiocruz, (70%) das gestantes que não desejavam a cesária no início da gravidez, mas acabaram mudando de ideia. Essa falta de informação interfere, expressivamente, na tomada de decisão da gestante, que fica sensível a influencias, tirando o sonho, às vezes, daquelas que desejam ter um papel ativo no parto de seu filho. Dessa forma, o elevado índice de cesariana pela falta de informação principalmente, além de gerar riscos e problemas à mãe e filho, inviabiliza um bom sistema, pela falta de prática e estímulo, de atendimento das mulheres que optam pelo parto normal. Por isso, se faz importantes as medidas adotas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em incentivar o perto normal. tais medidas como; direito de informação das beneficiárias, aonde ela estarão sendo informadas sobre os tipos de parto e seus riscos, principalmente, no acompanhamento do pré-natal, e também, a informação de percentuais dos tipos de partos por estabelecimento de saúde e médico, para que a mulher possa escolher a instituição e médico mais capacitado para sua opção de parto. Com isso, as gestantes terão mais autonomia e mais assistência para decidirem o melhor para ela e para o bebê que virá.