A primeira cesárea - erroneamente associada ao nascimento do imperador Júlio César- foi feita por Jacob, em 1.550, na Suíça. Atualmente, o parto cesariano, que deveria ser realizado apenas em casos de riscos, se popularizou de uma forma preocupante. Diante disso, torna-se necessário analisar as causas e as consequências desse problema, para que as melhores soluções sejam tomadas. Em primeiro lugar, convém analisar os fatores que fazem com que o parto vaginal, realizado no Brasil, seja tão desconfortável. A maioria dos hospitais fazem uso da ocitocina que acentua as dores. Outro ponto é que o procedimento é feito com a mulher deitada, o que dificulta o nascimento. Por fim, não há uma estrutura adequada para acolher a gestante, juntamente, com os familiares, em um momento extremamente importante. É válido considerar ainda, as falhas durante o pré-natal. Pesquisas mostram que 70% das mulheres querem o parto normal no início da gravidez, mas a maioria não mantêm o desejo. Isso se deve à deficiência de informações disponibilizadas pelos obstetras, de forma que as gestantes se baseiam em relatos de outras mães, sendo que muitos deles depreciam o modo natural. Esses fatores levam ao menor preparo dos médicos para esse tipo de procedimento, criando um ciclo vicioso. Cabe ressaltar ainda, os efeitos dos altos índices de cesarianas. Essa forma de parto triplica o risco de morte da mãe e aumenta em 120 vezes o risco do bebê desenvolver problemas respiratórios. Além disso, as cesáreas representam um alto custo para a saúde pública. O parto, portanto, é um momento extremamente importante, de modo que se torna necessário melhorias para que ele seja realizado da melhor maneira possível. Para isso, espera-se que a mídia difunda os benefícios do parto normal. O Ministério da Saúde deve promover um maior preparo dos médicos em relação ao nascimento natural, criar um estrutura para o parto humanizado, além de promover debates sobre o tema nas escolas, entre os adolescentes.