O parto é uma experiência única para a mulher e o mesmo deve ser realizado e respeitado de acordo com as escolhas referidas por ela. Entretanto influenciadas por alguns fatores as mulheres passaram a adotar a cesárea como a primeira opção de parto se tornando epidemia no Brasil. No que diz respeito à adesão dessa prática a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) relatou que 52% dos partos no Brasil são por cirurgia esse quantitativo está diretamente relacionada ao medo da mulher em sentir dores, falta de informações e desestímulo dos médicos com relação ao parto normal. Segundo avaliação do ginecologista Roberto Sá os estudantes de medicina não se sentem habilitados na execução do parto por não dominarem todas as técnicas necessárias, pois são pouco treinados existindo baixo estímulo dessa prática por parte dos professores. Outro aspecto relevante é a percepção de lucro e tempo dos profissionais médicos, pois o parto normal pode demorar 12 horas em contrapartida a cesárea de 3 horas e o lucro para o especialista é praticamente igual o que torna evidente a superioridade do dinheiro em relação a vidas humanas. Além da problemática individualista, o agendamento do parto pode representar aumento no risco de nascimento prematuro e possíveis problemas respiratórios ao feto contribuindo para o crescimento no índice de partos prematuros que é 10% segundo pesquisa da Fiocruz quando o aceitável pela Organização Mundial é 3%. Portanto é necessário que haja maior preferência dos médicos e das mulheres ao parto normal. Dentre as intervenções, é necessário a criação de propagandas e campanhas pela mídia citando os benefícios do parto normal para a mãe e o feto. Além disso, é imprescindível que haja estímulo das universidades, faculdades e professores aos estudantes de medicina por meio de discussões, congressos acadêmicos à adesão e execução destes partos. E por fim, que as gestantes se informem através da internet, relatos de experiências, médicos e não desistam de realizar o parto natural.