Segundo critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) adotados em 1985,a taxa de cesáreas recomendadas em um país é de 15%. Porém,no Brasil esse número é três vezes maior do que o estipulado. As causas estão relacionadas à falta de informação,comodidade e em certos casos,porque a gestante apresenta algum risco.Por conta disso,muitas mulheres perdem a oportunidade de dar a luz de forma natural. Um dos fatores relacionados ao elevado número desse tipo de cirurgias é a falta de orientação correta e a ausência de conscientização quanto aos riscos e benefícios para a saúde da mulher e do bebê.Muitas grávidas não têm conhecimento,por exemplo,que é possível ser anestesiada antes do parto normal,para evitar dores muito fortes, e que a recuperação é mais rápida,comparada a outro método. Além disso,a cesariana esta sendo incentivada por muitos médicos,devido à possibilidade de agendamento e a maior agilidade para tal procedimento,levando um tempo relativamente menor.Entretanto,a ANS (Agencia Nacional da Saúde) aprovou uma resolução,recentemente,no qual os convênios e órgãos de saúde somente pagarão essas operações se for comprovada a devida indicação. Dessa forma,a realização da cesariana é apropriada para casos quando o bebê está sentado ou quando há deslocamento da placenta.Nessas ocasiões,essa técnica é a mais recomendada para assegurar a saúde da mãe e do filho.Porém,como já foi dito anteriormente,essas são apenas exceções,pois o parto normal reduz o risco de infecção e diminui o risco de doenças respiratórias do recém-nascido,tornando-se então o mais indicado. Sendo assim,as mulheres brasileiras precisam passar a entender que a cesariana não é uma escolha,mas um recurso que em casos extremos passa a ser utilizado.Dessa forma, é inevitável que os médicos e os demais profissionais da saúde passem a auxiliar e esclarecer possíveis duvidas acerca desse assunto e passem a incentivar o parto natural. Para isso,o sistema publico devera estar preparado para o atendimento dessas gestantes,sempre com quartos disponíveis,já que não é possível ter previsão exata para a chegada do bebê.As gestantes também podem optar pelo “parto humanizado”,no qual elas escolhem o local onde se sentem mais seguras,mas somente em casos de gravidez de baixo risco.Portanto,é necessário que as pacientes tenham experiências positivas com o parto normal,a fim de que isso se torne algo cultural.