Título da redação:

Altas taxas de partos cirúrgicos

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 04/08/2015

O parto vaginal conceitua-se como o parto normal, no qual a mulher, através da liberação do hormônio ocitocina, tem a contração da musculatura uterina estimulada para a saída do feto. Embora seja natural, o parto vaginal tem sido substituído pelo parto cirúrgico também conhecido como cesariana. A taxa de cesárea em um país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve ser de 15%. No Brasil esta taxa foi ultrapassada e ao verificar a real necessidade dos partos cirúrgicos, que deveriam ser realizados em caso de risco gestacional, vê-se que há banalização das cesarianas. Esta alta taxa, que possui valor em torno de 52%, apoia-se na precariedade hospitalar, já que a superlotação de maternidades, atrelados a falta de plantonistas, causa insegurança para as gestantes. Assim, as mães optam pelas cesarianas, já que podem ser marcadas com antecipação e trazem a chance de realização do parto com o mesmo profissional do acompanhamento pré-natal. Porém, o parto cirúrgico possui desvantagens, como o tempo maior para a recuperação da mãe e problemas de má formação fetal, já que muitos bebês nascem antes das 42 semanas, tempo normal de formação do feto. A Associação Nacional de Saúde (ANS) passou a exigir a comprovação da necessidade de cesarianas para que haja o pagamento da mesma. Porém, para promover uma real redução no número de partos cirúrgicos, o governo nacional, junto com os governos estaduais, deve promover melhorias nas estruturas públicas hospitalares, para que haja mais leitos e médicos de plantão. Além disso, o Estado deve estipular que os partos normais sejam pagos de acordo com a duração dos mesmos. Quanto aos médicos que não respeitarem a vontade das mães, seja para partos normais ou cirúrgicos, devem receber punição em forma de multa. E ainda, como forma de esclarecimento de dúvidas as gestantes, hospitais devem promover palestras, bem como distribuição de folhetos e ainda deve haver disponibilização de profissionais da saúde dispostos a prestar assistência domiciliar.