Título da redação:

Ainda há o que melhorar

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 15/08/2015

Nos hospitais brasileiros houve melhoras no suporte às gestantes em vista das décadas passadas, porém, ainda há falhas que levam a sérios problemas. Dentre vários fatores relevantes destacam-se a falta de leitos, médicos, anestesistas em situação de emergência e a comodidade exacerbada dos poucos médicos que há. Hodiernamente sabe-se que no Brasil é necessário um investimento maior na rede de saúde pública. Cresce gradativamente a preocupação quanto ao despreparo em receber uma nova vida. Contudo, a falta de uma infraestrutura qualificada contribui significativamente para a mudança de opção das grávidas de partos normais por cesarianos e que, posteriormente, teve complicações ou até levou a morte do recém nascido. Logo, um país que visa diminuir as taxas de mortalidade infantil e morbidade das neonatas é necessário mais atenção nesses aspectos. Os médicos estão trocando um serviço de qualidade pela comodidade. Prova disso está na opção em indicar -desnecessariamente- as gestantes o procedimento cesariano, porquanto, gasta menos tempo do que um parto normal e o salário é o mesmo nos dois processos. Este ato antiético é caracterizado, segundo Pierre Bourdieu, como uma violência simbólica e que causa alienação e subordinação das pacientes. Diante deste cenário fica evidente as falhas que ainda há nos hospitais brasileiros. É imprescindível, portanto, mais investimentos nos setores de obstetrícia, com mais obstetras, equipamentos e anestesistas. Ademais é necessário reforçar as apurações e análise quanto a real necessidade de enviar uma paciente para um procedimento cesáreo. Destarte, será possível amenizar as taxas de mortalidade infantil e complicações durante o parto.