Antes da cesariana, incisão cirúrgica que consiste na retirada do feto diretamente do útero, as crianças nasciam por parto vaginal. As complicações eram muitas e se a saída estivesse obstruída ou o bebê em posição errada, por exemplo, acarretaria na morte da mãe, do filho ou de ambos. Nota-se que desde a antiguidade, o medo da dor do parto vaginal ou o medo de complicações são existentes, persistindo, até os dias de hoje em muitas mulheres. O parto natural, entretanto, não precisa ser sinônimo de sofrimento. A cesariana salva vidas, mas é uma unanimidade científica que o nascimento é feito por parto vaginal e a cirurgia deve ser uma exceção, por todos os riscos que sempre comporta. Um dos fatores que levam as mulheres a optarem pela cirurgia é o fato de não terem apoio familiar, ao longo da gravidez, quando optam pelo parto natural. Na maioria das vezes, os médicos também apoiam as mães a optarem pelo parto cesáreo, já que o salário é semelhante em ambos os casos e este lhes poupa tempo. A cesariana, quando não tem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê. Segundo a ANS, (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a cesariana é responsável por aumentar em cento e vinte vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplicar o risco de morte da mãe. No Brasil, o parto cesáreo se tornou uma regra, visto que o país não é conhecido por possuir boas técnicas de alívio da dor e cuidados médicos para o parto natural. Logo, é necessário mudança no ensino universitário obstétrico e auxílio às mães, em suas escolhas ao parto natural. Fica nítido, portanto, a necessidade de auxílio às mães que sofrem antecipadamente pelo medo das complicações existentes no parto natural. O Governo deve implantar palestras que mostrem às mães a diferença entre os dois partos, para que elas visualizem todos os benefícios além do sofrimento. Mudanças no ensino aos médicos e enfermeiros devem ser feitas, as ONGs podem ajudar na doação de verbas para as universidades e estas, ensinar aos alunos boas técnicas de alívio da dor para as mães. E se os familiares apoiaram as mães a optarem pelo parto natural, juntamente com todas as mudanças a serem feitas, a saúde pública do Brasil alcançará grande melhora.