Título da redação:

A influência do imediatismo no parto

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 19/10/2015

O nascimento de uma criança é um evento extraordinário, mas que pode trazer consigo certa apreensão – em especial, à mãe – que já se manifesta na escolha do tipo de parto a ser realizado: normal ou cesárea, sendo que este tem gerado grandes debates no setor de saúde pública no Brasil. Deve-se levar em consideração, primeiramente, que cerca de 52% dos partos realizados em rede pública são cesarianas, sendo que, na privada, esse número salta para 84%, o que ultrapassa, notavelmente, a taxa recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de 15%. O que justifica tais dados é o fato de que, em sua grande maioria, as gestantes são inseguras em relação ao parto normal, devido à dor física que ele propicia, podendo ser comparada à de 20 ossos quebrando-se ao mesmo tempo. Todavia, com os avanços tecnológicos ao longo da história da Medicina, a cesariana tornou-se a “queridinha das mamães”, já que, além de ser um processo, consideravelmente, mais rápido do que o parto normal, utiliza anestesias para inibir a dor. Em contradição, a cesariana, além de poder causar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê, trata-se de uma cirurgia arriscada, devido à grande quantidade de tecido rompido, o que pode favorecer uma infecção hospitalar, cuja acarretaria um gasto muito maior com medicamentos e ocupação de leitos, levando a um caos na rede de saúde. É notório que a cesárea é indispensável em alguns casos em que a vida da criança ou da mãe corre risco. Porém, como o próprio nome já diz, o parto normal, além de ser um processo natural que garante a total maturidade do feto, com o rompimento do saco amniótico, há uma liberação de hormônios – como a Prolactina – que estimulam a produção de leite materno e pode influenciar numa boa relação da mãe com o bebê. Ademais, pouco sabe-se que, se a gestante não estiver suportando a dor, é possível o uso de anestesia para retê-la. Diante desses fatos, fica clara, portanto, a necessidade de haver uma maior conscientização da população sobre os benefícios do parto normal, podendo ser realizada por meio da mídia, com o auxílio do governo e de ONGs, na promoção de palestras e na distribuição de panfletos que abordem a temática. Com isso, será possível um obter um melhor condicionamento do sistema de saúde público e privado, além de cada vez mais crianças vindas ao mundo no tempo correto, naturalmente.