A década de 70 foi caracterizada pelo auge do sucesso das cesáreas, que permanece até os dias atuais. No entanto, tal epidemia tem se tornado uma regra, uma vez que era apenas uma alternativa. Mas afinal, quais motivos para essa situação no Brasil? Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), é permitido que somente 15% dos partos sejam cesáreas, enquanto o Brasil realiza cerca de 52%, assim ultrapassa a média dos demais países, Dessa forma, nota-se que o parto está cada vez mais mecânico, com uso abusivo de remédios e cirurgias que afetam tanto na vida da mãe como na do bebê, isto é, o ato de dar a luz perdeu a essência da naturalidade. Os índices alarmantes são resultado não só da falta de informações concedidas as gravidas, que possuem o pensamento errôneo de que haverá dor, uma vez que é evitável pelo uso de anestesia, como também a mudança de decisão em optar por parto cesáreo devido a falta de apoio durante o pré-natal. Além disso, os médicos indicam este procedimento tanto pela possibilidade do agendamento, quanto por não haver muita diferença salarial em escolher uma cesariana de 3 horas ou parto natural de 12 horas. Dessa maneira, é notório que a maioria dos profissionais são regados pela ganância e individualismo, sem o pensamento amplo para a sociedade. Em suma, com o objetivo de restaurar o real significado do parto, é preciso não só que haja respeito por parte do profissional na decisão da gravida, mas também que o governo promova palestras com informações sobre o parto normal. Além disso, é necessário que o Ministério da Saúde adote cesáreas em casos extremos ou com autorização da mulher após todas as devidas informações. Dessa maneira, com a retomada da humanização, garantirá o direito e respeito de decisões abafados pela indústria de cesáreas brasileira.