Registros antigos documentam que, possivelmente, o primeiro parto que pode ser considerado “cesáreo” ocorreu por volta de 1500, quando um castrador retirou um bebê do útero de uma mulher através de um corte em seu abdômen. Hoje, infelizmente, a prática de cesárias tornou-se cada vez mais comum, trazendo inúmeras complicações para a gestante e para o recém-nascido. Uma pesquisa realizada por uma equipe médica americana afirmou que os partos normais causam 11 vezes menos mortes – seja do bebê ou da mãe – do que as concepções artificiais. Entretanto, este último continua a ser preferido pelas brasileiras, por ser um método mais rápido, menos doloroso, e que pode ser agendado, o que impede que a genitora tenha de esperar enquanto está em trabalho de parto. Além disso, a grande maioria dos médicos tem instruídos às mães a aderirem ao parto cesáreo, visto que este leva um tempo menor para ser realizado. Assim, com o parto normal sendo continuamente abandonado, as escolas de medicina e enfermagem não têm preparado seus alunos para sua realização, virando um ciclo vicioso. Consoante a isto, cada vez mais bebês são retirados do útero antes do momento correto, pois não são todos os fetos que estão prontos para nascerem aos 9 meses, interferindo na ondem natural. Ainda, crianças nascidas por este método são mais suscetíveis a doenças, como diabetes tipo 2 e problemas respiratórios. Devido a tais fatores que cesáreas devem ser estritamente uma necessidade, e não uma escolha. Visto isso, com a taxa de realização de cesáreas atingindo níveis alarmantes, é imprescindível que o Brasil tome posição para a resolução desta problemática. Uma alternativa seria que as escolas da área da saúde preparassem equipes completas para a realização ao parto normal, e instruí-las a influenciarem as mães para optá-lo. Isto, associado à criação de ONGs que informem aos pais a realidade sobre cada tipo de parto, irá ajudá-los a entender suas reais vantagens e desvantagens, para poderem, por fim, garantirem que seus sucessores venham ao mundo fortes e saudáveis.