Na Grécia Antiga, o ideal de beleza era sinônimo de proporcionalidade entre as formas corporais, e os cidadãos daquele tempo passavam boa parte de seus dias nas academias da época, como forma de adequarem-se ao padrão. Essas convicções, ainda hoje, ditam a rotina de muitos indivíduos, visto que as chamadas dietas da moda estão ganhando certa relevância, uma vez que percebe-se um alto engajamento a essas técnicas que prometem uma mudança rápida no corpo. Nesse contexto, observa-se que esses métodos carecem de embasamento científico, tendo muitas vezes, como consequência, o desequilíbrio nutricional. Em um primeiro momento, é válido ressaltar que muitas dessas dieta são amadoras e derivadas de perfis fitness. Isto é, boa parte desses métodos não tem seus potenciais comprovados, não tendo sido avaliado por nenhum profissional de saúde, o que coloca em risco o equilíbrio nutricional do indivíduo. Além disso, muitas dessas rotinas são vivenciadas por pessoas já habituadas, à longo prazo, nessa mudança alimentar, o que gera uma dicotomia quando uma pessoa de hábitos distintos tenta inserir-se nessa nova alimentação. Ademais, é indubitável que toda modificação brusca na quantidade calórica ingerida diariamente é passível de causar uma perda de nutrientes. Ou seja, dietas como a da sopa, do suco de limão e até do detox estão, claramente, reduzindo a parcela de calorias consumidas, o que pode acarretar em deficiências nutricionais. Agravando ainda mais tal problemática está a adesão sem consulta a um profissional do meio; assim, sem uma análise do que deve ou não ser excluído da dieta, pode-se gerar restrições desnecessárias, possibilitando o surgimento de um quadro de avitaminose, que é a carência de certas vitaminas. Fica claro, portanto, que a incorporação desses novos arranjos alimentares, de forma rápida e sem assistência profissional, pode causar distúrbios nutricionais. Dessa forma, cabe a Mídia demonstrar, em seus programas de debate, as diversas facetas dessas dietas, revelando os prós e contras, além de convidar os influenciadores digitais para debater tal pauta. O Ministério da Educação deve introduzir a cartilha da alimentação brasileira, já disponível digitalizada, em formato de aula nas escolas e universidades, como forma de disseminar informações científicas com uma linguagem acessível.