"Nem toda dieta resulta de um transtorno alimentar, mas quase todo transtorno alimentar começa com uma dieta". A declaração da nutricionista Sophie Deram nos permite refletir sobre como o modismo das dietas representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, convém analisar os principais aspectos da problemática em nossos dias. De acordo com as definições da OMS (Organização Mundial da Saúde), uma pessoa saudável tem um estado de completo bem-estar físico, mental e social, ou seja, ter saúde não é apenas a ausência de uma enfermidade. Esse fato correlaciona-se com o ciclo vicioso das dietas, apresentado no livro " O peso das dietas" de Sophie Deran, o qual começa com uma nova restrição alimentar acompanhado do desejo do alimento proibido, terminando na insatisfação corporal. Esse ciclo gera na "vítima" uma frustração e o desejo de novas formas "milagrosas" de emagrecer. Ademais, uma das consequências do modismo nas dietas são os transtornos alimentares. Segundo uma pesquisa divulgada pela folha de São Paulo mais de setenta milhões de pessoas sofrem desse distúrbio. Os transtornos alimentares resultam do excesso ou a falta de um determinado alimento, esses estão inteiramente ligados as dietas sem acompanhamento profissional. Infere-se que a frustaçao mental e os transtornos alimentares são, portanto, importantes aspectos da problemática. Nesse sentido, é necessário que o Ministério da Saúde, por meio de campanhas vinculadas na internet e nos principais veículos de comunicação, conscientize a população das implicações do modismo das dietas, além de criar equipes de nutricionista especializadas para orientar a população dos hábitos alimentares, nos postos de saúde. Espera-se com isso, garantir não apenas o fim do modismo das dietas, mas também um sociedade mais saudável.