Um dos males do século XXI é o culto exagerado ao corpo, fomentado pelo capitalismo e pela mídia. A obsessão pela adequação do corpo ao padrão de beleza vigente gera uma busca irracional por dietas, remédios, massagens e outros métodos que vendem emagrecimento e, quanto mais fácil e rápida a solução, mais procuradas são. O modismo das dietas começou na década de 70, com a restrição de carboidratos proposta pelo doutor Atkins, em que a promessa de emagrecimento resultou em diversos problemas cardiovasculares, renais e intestinais devido à alta ingestão de proteínas e gorduras. Tal foi o sucesso que alcançou, que ficou evidente que as pessoas buscavam dietas milagrosas em detrimento da saúde, que poderia ser mantida por meio de uma reeducação alimentar, com ingestão calórica moderada e não restritiva. Embora problemas de saúde fossem descobertos, não pararam de surgir dietas com o mesmo propósito desde então. Poucas eram comprovadas cientificamente ou apresentavam embasamentos fracos para restringir nutrientes, tais quais a do jejum, bastante perigosa, e a Dukan, baseada em proteínas, porém mais branda que a de Atkins. Conforme as descobertas científicas evoluíam, dietas menos agressivas foram surgindo, por exemplo a do mediterrâneo, que enfatizam peixes, frutas e óleos e são mais adequadas em unir emagrecimento e saúde. No entanto, ainda que existam dietas brandas, atualmente fazem sucesso criações como dietas líquidas, do vinagre, somente de frutas, e para pessoas com intolerância à lactose e à glúten, sendo que vários adeptos sequer sabem se têm os problemas que justifiquem sua aplicação. O resultado disso é a possibilidade de desenvolver a própria intolerância; úlceras gástricas devido ao desequilíbrio na acidez; osteoporose devido à falta de ferro e de vitamina B12; entre outras deficiências de vitaminas e minerais próprias de dietas desequilibradas. Logo, a mesma mídia que enaltece um corpo magro e promove certas dietas, deve mostrar os riscos à saúde em se adotar algumas dessas, por meio de reportagens e programas de televisão que envolvam profissionais da saúde éticos e responsáveis. Além disso, os médicos e nutricionistas envolvidos no processo de emagrecimento devem respeitar a individualidade de capa paciente e orientá-lo à nutrição mais adequada.