“As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Essa célebre frase de Vinícius de Moraes reforça o pensamento contemporâneo do corpo ideal e da busca pela perfeição. Nessa perspectiva, homens e mulheres fazem dietas radicais para se encaixar no tal padrão, sem pensar que a falta de acompanhamento médico pode provocar riscos à saúde, além disso muitas vezes elas não funcionam e provocam o efeito sanfona. Conforme explica Sophie Deran com o conceito de terrorismo alimentar, costuma-se definir um alimento como vilão que faz engordar. Nesse contexto, os indivíduos sem informação o cortam das refeições sem saber se realmente é prejudicial. Com isso, essa falta de acompanhamento médico leva a cometer erros e a pessoa fica frustrada por não emagrecer, além da crença de estar tendo uma rotina saudável, mas na realidade não ter. Na década de 40, Marilyn Monroe e Elisabeth Taylor eram consideradas ícones femininos com suas curvas acentuadas e cabelos encaracolados. Assim, percebe-se que nem sempre a magreza foi o padrão, no entanto, atualmente as pessoas lutam por ela. Dessa maneira, investem em regimes que privam de muitos alimentos de tal forma que não aguentam continuá-los e voltam a ganhar peso, o “efeito sanfona”, o qual pode levar a complicações no metabolismo e até mesmo problemas cardiovasculares. Diante disso, é preciso entender que pensamentos, como o de Moraes, têm por consequência uma geração que comete loucuras para atingir um padrão. Por isso, o Ministério da Saúde, em conjunto com a mídia, deve fazer propagandas que incentivem a visita a um nutricionista antes de qualquer coisa. Ademais de elaborar, com o corpo docente, aulas sobre educação alimentar para cultivar uma melhor mentalidade sobre esse aspecto nas crianças e nos adolescentes.