Submetido principalmente às mulheres, ao longo das eras, das regiões e da história, o conceito de corpo ideal foi mudando completamente. Na década de 50, era valorizado o corpo feminino cheio de curvas, já na de 60 a magreza era valorizada. Na contemporaneidade, para alcançar a beleza vigente vários meios foram sendo adotados. A problemática a ser estabelecida diante do tema é que muitos, buscando satisfazer as imposições da sociedade e não a saúde, realizam diversas dietas sem prescrição de um especialista, colocando em risco suas vitalidades. Primeiramente, é importante ressaltar que o corpo social determina qual deve ser o padrão de beleza. Devido ao contexto histórico e/ou regional, por meio da mídia principalmente, a sociedade realiza tal ato, fazendo com que muitos indivíduos não busquem uma vida saudável e sim satisfazer as exigências sociais. Para isso, as pessoas realizam diversas dietas – dieta das proteínas, Dukan, do ovo -, sem indicação médica colocando em risco seu bem-estar. As palavras de Sophie Deram, doutora em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: “Dietas restritivas com o intuito apenas de emagrecer estressam o corpo e fazem o cérebro alterar o metabolismo e o apetite, fazendo você engordar ainda mais no longo prazo”, mostram que tentar agradar a sociedade vem a trazer mais malefícios do que benefícios aos sujeitos. Ademais, distúrbios podem ser impulsionados devido à adoção das formas para se alcançar o corpo perfeito. Alguns desses são a anorexia e bulimia que podem acarretar a outros de complexidade cada vez maiores. Segundo a psicóloga clínica analista do comportamento Marina Oliveira, a anorexia, resultante de uma alimentação pobre em nutrientes, faz com que a pessoa fique estressada com maior facilidade, no caso de mulheres deixam de menstruar, desenvolvam a osteoporose precoce, redução do batimento cardíaco, baixa pressão arterial e em alguns casos pode levar ao óbito. Ainda de acordo com a especialista, as doenças citadas são mais comuns em mulheres e entre adolescentes na faixa etária de 14 e 17 anos, mostrando que além de acometerem principalmente o sexo feminino – deixando nítida a desigualdade de gêneros – elas também estão dando-se em idades cada vez mais precoces – prejudicando a formação de adultos saudáveis. Dessa forma, é notório que as implicações da procura do corpo perfeito necessitam de soluções. Portanto, cabe ao Ministério da Educação, por via da implantação de projetos em escolas, instigar nos estudantes a busca pela saúde, objetivando a construção de jovens saudáveis. Concerne às famílias, mediante uma boa educação dialética, ensinar a juventude que não é preciso se adequar aos padrões estéticos estabelecidos pela sociedade e sim à uma vida saudável. Assim, será possível a formação de uma nação que transforme os modismos das dietas em algo que traga benefícios a ela.