A combinação de certos tipos de alimentos, e a restrição de outros, são alternativas benéficas para a melhora da saúde de muitas pessoas. Contudo, hodiernamente, observa-se que a questão sanitária está sendo constantemente relegada a segundo plano, em prol da obsessão que muitos indivíduos possuem de emagrecer a qualquer custo, por questões estéticas. Isso faz com que parte da população brasileira siga dietas incompatíveis com o correto funcionamento do organismo, o que pode acarretar em sérios problemas metabólicos. Por isso, faz-se necessária a intervenção governamental e o aumento do entendimento da população quanto aos riscos relacionados ao assunto. Segundo a ideologia weberiana de "sociologia compreensiva", o entendimento de uma atividade social deve ser feito a partir dos valores e do sentido dela, para assim explicar seus efeitos. Esse modo de análise deve ser usado para explicitar os motivos e os resultados da adoção de práticas alimentares restritivas sem acompanhamento profissional, desconstruindo o pensamento errôneo que as associam à melhoria da qualidade de vida. Outrossim, sabe-se que a cultura de valorização do corpo converge para padrões estéticos criados com fins mercadológicos. Tal concepção vai ao encontro do pensamento do sociólogo Zygmunt Bauman, o qual defende que as pessoas transformam-se em produtos para obter reconhecimento, fazendo o máximo para aumentar o próprio valor. Nesse sentido, fica claro que as dietas são diretamente influenciadas pelas diversas mídias existentes, indo desde as antigas propagandas que associam a magreza à saúde, até a emergência de influenciadores digitais que popularizam novas combinações alimentares ao público. Assim, fica evidente que o excesso de informações sobre o assunto, ao invés de ajudar a população, acaba atrapalhando na escolha de uma forma de reeducação alimentar saudável. Portanto, percebe-se que as pessoas que seguem modismos alimentares de forma arbitrária, fazem isso muito mais pela aparência corporal do que pela melhora de funções biológicas. Para mudar tal fato, o Ministério da Saúde deve fazer uma campanha de reeducação alimentar, disponibilizando nutricionistas e endocrinologistas, nos principais hospitais e postos de saúde, a fim de esclarecer dúvidas e atender ao público, divulgando-a na televisão e nas rádios, a fim de desfazer mitos quanto à questão. À população, cabe o papel de aderir a essa campanha, a partir da tomada de consciência quanto aos perigos da nutrição desequilibrada, diminuindo a chance de futuras complicações, como doenças de carência, por exemplo. Somente assim o corpo humano será valorizado de uma forma verdadeira.