O termo “dieta” perdeu seu real significado e vem sendo erroneamente usado pela população há muito tempo. O verbete é vulgarmente associado ao ato de restringir os hábitos alimentares a fim de emagrecer, mas, na verdade, diz respeito a qualquer rotina alimentar de um indivíduo. O termo correto que deveria ser utilizado é “reeducação alimentar”, que visa à adequação nutricional para um funcionamento mais eficiente do organismo. Essa precipitação denota a falta de conhecimento geral em relação à nutrição e os perigos de modificar as refeições sem consultar um especialista. Uma das maiores preocupações da sociedade, hoje, é a busca pelo corpo perfeito. Porém, para alcançar esse objetivo, as pessoas escolhem seguir caminhos errados. Uma pesquisa da empresa alimentícia Nestlé, de 2017, mostrou que uma alta parcela dos brasileiros está cortando, totalmente e sem prescrição, alimentos como glúten e lactose, sob a justificativa de serem maléficos, e substituindo-os por outros como batata-doce e óleo de coco. Isso é decorrente da influência de revistas e portais “online” que postam sobre o quão “milagrosos” são esses insumos, mas sem salientar a importância de estarem aliados a uma alimentação balanceada e uma rotina de exercícios diária. Ao invés disso, espalham falsas informações relacionadas à nutrição, incluindo o incentivo a “dietas” como cortar gorduras, açúcares, comer apenas de dia ou à noite, entre outros. Comida é o combustível natural do ser humano e privar-se disso por uma estética fantasiosa só trará prejuízos a curto e longo prazo, incluindo problemas sérios como distúrbios alimentares (bulimia e anorexia, por exemplo). O essencial para conseguir uma vida plena através da alimentação é uma consulta com um especialista qualificado. Assim, o Ministério da Saúde, aliado a nutricionistas e ao CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) poderia reforçar, através de campanhas em revistas, televisão e internet, a importância de uma alimentação balanceada e o perigo das “dietas” a fim de esclarecer as dúvidas gerais. O Ministério da Educação, também, aliado a esses profissionais, poderia oferecer palestras nas escolas pelo Brasil sobre a importância de uma boa alimentação, com o intuito de fixar esses conceitos na mente da população jovem, a fim de crescerem e tornarem-se adultos saudáveis.